Na Antiguidade, a Biblioteca era concentradora do conhecimento dos sábios e doutores. ABiblioteca Real de Alexandria ou Antiga Biblioteca de Alexandria representou e ainda representa um marco histórico do saber, reunindo milhares de obras produzidas de várias formas: da argila, papilo e pergaminho até chegar ao livro impresso, na Idade Média. Ela era guardiã, tesouro deixado para os pósteros.
Com o livro produzido em papel, no século XVIII, conservou-se o respeito a tudo que os sábios revelavam em pesquisas através da composição dos linotipos (máquina de escrever). Desde então as bibliotecas encheram-se de volumes, enciclopédias e jornais, levando as decisões dos reis que não agradavam a plebe, resultando na Revolução de 1879.
No século XIX a biblioteca possuía características e conceitos diferentes. O Brasil já reunia importantes delas, organizadas a partir de D. João VI no Rio de Janeiro – a exemplo da Biblioteca Nacional. Na Bahia, em 1894, um acontecimento marcou uma iniciativa particular de ilustres homens de letras. Era a fundação do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e, sucessivamente, a formação de sua biblioteca, criada para servir a sociedade baiana. Inaugurada no dia 2 de julho de1923, aBiblioteca Ruy Barbosa, em homenagem ao grande jurista baiano, somava cerca de 700 livros, alguns considerados raros. Para compor sua estrutura, foram utilizadas estantes de madeira e de jacarandá, belíssimas por sinal.
Contudo, não se levou em conta a necessidade de higienização do acervo, especialmente as “obras raras” e a coleção de jornais, entregues ao mofo, insetos e poeira. Naturalmente, sem recursos necessários, organização e gerência de bibliotecário. E assim, nessas condições, o acervo foi perdendo obras importantes.
Tempos mais tarde, em 1996, quando foi eleita para a presidência do IGHB, a professora Consuelo Pondé de Sena, foi providenciado a higienização não só da coleção de jornais como a restauração de algumas obras raras. Outras ações importantes também foram realizadas, como a criação de espaços e condições necessárias para leitura e pesquisa, além da aquisição de computadores, impressoras e copiadoras.
Mesmo diante dos avanços, a vida de uma biblioteca não se resume em organização técnica e condições especiais para nela permanecer. É importante observar não só a proteção ao acervo como a contínua aquisição de novas obras e recursos.
Para continuar oferecendo serviços de boa qualidade aos nossos pesquisadores, precisamos contar com um acervo mais higienizado, mais funcionários e recursos, sobretudo para a manutenção dos jornais e livros.
Um passo importante para essa manutenção foi dado no mês de março, quando recebemos a doação de um empresário baiano para a compra de um freezer.
Saiba mais
A Biblioteca Ruy Barbosa reúne atualmente mais de 12 mil títulos. Seu acervo engloba obras raras essenciais à pesquisa científico-cultural nas áreas de História, Geografia, Antropologia, Etnologia, Arqueologia, Genealogia, Sociologia e ciências conexas.
Os serviços de consultas estão à disposição dos associados do Instituto, historiadores, pesquisadores de nível superior e estudantes universitários.
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