Campanha de enfrentamento ao racismo para o Carnaval é lançada em Salvador
- Iano Gabriel
- 10 de fev. de 2015
- 2 min de leitura
Com o objetivo de fomentar um Carnaval sem racismo, resgatando as tradições e participação efetiva do povo negro na construção da festa, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi) lançou na segunda-feira (9), durante ensaio do Cortejo Afro, em Salvador, a campanha ‘Cultura Negra Viva’. Na ocasião, foi apresentado um vídeo com mensagens de artistas e personalidades que apoiam a iniciativa, material que será reproduzido nas redes sociais nos próximos dias.“É bom ter uma campanha que conscientize as pessoas, porque ninguém nasce racista, mas existe todo um processo histórico, que reproduz isso de geração em geração.
Esta ação nos remete ao que temos que preservar, mas também transformar, porque a cultura vai se reformulando, se repaginando”, disse o presidente do Fórum de Entidades Negras da Bahia, Walmir França, que também gravou depoimento em defesa da causa durante o evento.Além da publicação de fotos e declarações nas mídias sociais da Sepromi, promotores identificados com o tema da campanha também distribuirão material de divulgação em pontos estratégicos da capital baiana nos seis dias da festa carnavalesca. Entre eles, aeroporto, rodoviária, porto, circuitos de bairros e espaços de concentração de blocos. Qualquer pessoa pode participar da iniciativa, comentando, curtindo, compartilhando ou registrando sua opinião, utilizando as hashtags #sepromi, #culturanegraviva e #carnavaldabahia.“Precisamos preservar a raiz do Carnaval, pois foi graças à cultura e resistência do povo negro que essa festa bonita, grande e popular tomou a dimensão no mundo”, explicou a secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial, Vera Lúcia Barbosa.
Ela também fez um pedido de paz, para que “todos possam curtir a festa nos próximos dias, respeitando a diversidade e, sobretudo, a diferença de cor e raça”, e agradeceu ao Cortejo Afro por ter aberto as portas para divulgação da ação.“Tudo isso reforça o que nós pensamos, ou seja, não ao racismo, à discriminação de gênero ou qualquer outra forma de intolerância. Aqui é um espaço da diversidade”, afirmou o presidente do Cortejo Afro, Alberto Pitta. Também estiveram presentes no ato os secretários estaduais do Turismo, Nelson Pelegrino, e de Políticas para as Mulheres, Olívia Santana; além de outras autoridades e movimentos sociais.Atendimento a vítimas de racismoO Carnaval da diversidade não pode ter espaço para o racismo. No entanto, o folião que for vítima dessa intolerância terá o apoio do Centro Nelson Mandela.
O equipamento funcionará excepcionalmente no Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), de quinta a sábado, das 18h às 22h, e de domingo a terça-feira, das 14h às 22h.As denúncias poderão ser registradas no prédio do órgão, que fica na Ladeira do Passo, número 42, Pelourinho, ou pelos telefones 162 e (71) 3117-7438. O Centro Nelson Mandela conta com uma equipe especializada para prestar atendimento jurídico, social e psicológico a vítimas de racismo e intolerância religiosa na Bahia.
Fonte: SECOM BA
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